terça-feira, 19 de outubro de 2010

USINAS NUCLEARES




O anúncio da retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 reacendeu, no Brasil, a polêmica sobre energia nuclear e seus usos. Em julho de 2008, o Ministério do Meio Ambiente liberou a construção da terceira usina nuclear brasileira, mas exigiu uma série de condicionantes. A polêmica, no entanto, não parou e não é exclusividade brasileira. O mundo inteiro discute o assunto, principalmente, na Europa e Estados Unidos, onde estão concentradas a maior parte das usinas.


Entre os principais porta-vozes dos argumentos contra as usinas nucleares, estão a organização não-governamental Greenpeace e, no caso brasileiro, o físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia, José Goldenberg. Entre os que defendem a construção de usinas, está o fundador do Greenpeace, Patrick Moore, que acabou mudando de opinião nos últimos anos, além de engenheiros e físicos como, no caso brasileiro, o professor Paulo Fernando Frutuoso e Melo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O principal argumento dos contrários às usinas é que não existe uma forma segura de armazenar os rejeitos da produção energética. Isso porque depois de utilizado, o urânio ainda tem uma meia vida que pode ser de bilhões de anos. E, o material nuclear é, notadamente, bem perigoso para a vida humana como é possível ser verificado quando acontecem acidentes em depósitos de sucata como no caso do césio 137 em Goiânia.

Os que defendem as usinas dizem que, até 2017, países desenvolvidos terão depósitos definitivos. Outro argumento forte contra as usinas também tem a ver com segurança e remonta o pesadelo do acidente de Chernobyl, quando milhares de pessoas morreram ou ficaram gravemente doentes após o vazamento durante uma parada de manutenção. Os especialistas não negam que haja perigo, mas os defensores dizem que os planos de emergência são cada vez mais eficientes e eliminam perigos da dimensão do Chernobyl.

Mas o principal argumento dos arautos das usinas tem a ver com o alardeado aquecimento global. As usinas nucleares são praticamente limpas de qualquer emissão de gás poluente como o CO2 ou o metano. Além do mais, diz esse grupo, o mundo tem um enorme estoque de urânio que pode ser usado para esses fins. Eles dizem ainda que tal tecnologia é estratégica economicamente, já que ninguém sabe o futuro das outras matrizes energéticas, sejam os recursos hídricos das hidrelétricas ou combustíveis fósseis. 

Primeira usina nuclear do Mundo
Politicamente para muitos países é interessante conhecer a tecnologia nuclear, mas esse mesmo argumento assusta os inimigos da energia nuclear, já que essa tecnologia pode ser usada para produção de armas atômicas.

Além dessa discussão abrangente, a questão de Angra 3 coloca mais caldo na polêmica. Os que são contra a usina dizem que ela é obsoleta, afinal os equipamentos foram adquiridos pela Alemanha nos anos 80 e não teriam mais aquela eficiência, com o agravante que os alemães teriam desistido de investir nesse tipo de energia, o que poderia causar problemas futuros na manutenção do equipamento. Os defensores dizem que o equipamento não é obsoleto e que, além do Brasil ter ampliado seu know-how sobre o assunto nos últimos anos, a manutenção continuará sendo feita tanto na Alemanha quanto em outros países com conhecimento sobre a tecnologia.

Para facilitar a vida do nosso leitor, o ComoTudoFunciona criou uma tabela com os principais argumentos prós e contras as usinas nucleares.


A FAVOR DAS USINAS NUCLEARES


  • Elas não emitem gases poluentes.
  • Há grandes de reservas de urânio que podem ser aproveitadas.
  • Elas devem fazer parte do coquetel de uma matriz energética heterogênea.
  • Os preços das tarifas são competitivos.
  • As usinas nucleares ocupam pouco espaço em relação a outras usinas como as hidrelétricas.
  • As questões de segurança são cada vez mais monitoradas, padronizadas e têm avançado nos últimos anos.
  • Os países detentores de usinas podem ampliar seus conhecimentos e aplicações da física nuclear.
  • Sobre Angra, o Brasil está no rumo certo ao diversificar sua matriz energética.
  • Apesar do atraso de Angra, o equipamento da usina não é obsoleto e pode ser melhorado.

 CONTRA AS USINAS NUCLEARES 
  • Os vazamentos são raros mas podem acontecer, além da necessidade de maior monitoramento.
  • Não há uma solução definitiva para os resíduos nucleares.
  • O dinheiro das usinas poderia ser gasto com estudos em energias alternativas como a solar, eólica etc.
  • Os investimentos são altos e nem sempre com retorno eficiente, além da manutenção ser cara.
  • As usinas nucleares, por causa de questões técnicas, devem ser construídas próximas a praias e rios, o que é prejudicial e perigoso para o meio ambiente.
  • As usinas nucleares, apesar dos avanços, continuam inseguras por causa do material perigoso que usam.
  • Os países detentores dessas tecnologias podem investir em programas nada pacíficos como a construção de armas nucleares.
  • O Brasil não precisa investir nesse tipo de tecnologia, já que tem outras formas de conseguir energia.
  • O equipamento de Angra 3 é obsoleto

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ENERGIA SOLAR

A Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa (e, em certo sentido, da energia térmica) proveniente do sol, e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja directamente para aquecimento de água ou ainda como energia eléctrica ou mecânica.



 
 No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1 410 W/m² de energia, medição feita numa superfície normal (em ângulo reto) com o Sol. Disso, aproximadamente 19% é absorvido pela atmosfera e 35% é reflectido pelas nuvens. Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da energia solar está na forma de luz visível e luz ultravioleta.
 
As plantas utilizam diretamente essa energia no processo de fotossíntese. Nós usamos essa energia quando queimamos lenha ou combustíveis minerais. Existem técnicas experimentais para criar combustível a partir da absorção da luz solar em uma reação química de modo similar à fotossíntese vegetal - mas sem a presença destes organismos.

A radiação solar, juntamente com outros recursos secundários de alimentação, tal como a energia eólica e das ondas, hidro-electricidade e biomassa, são responsáveis por grande parte da energia renovável disponível na terra. Apenas uma minúscula fracção da energia solar disponível é utilizada.

ENERGIA DO SOL

A Terra recebe 174 petawatts (GT) de radiação solar (insolação) na zona superior da atmosfera. Dessa radiação, cerca de 30% é reflectida para o espaço, enquanto o restante é absorvido pelas nuvens, mares e massas terrestres. O espectro da luz solar na superfície da Terra é mais difundida em toda a gama visível e infravermelho e uma pequena gama de radiação ultravioleta. 


A superfície terrestre, os oceanos e atmosfera absorvem a radiação solar, e isso aumenta sua temperatura. O ar quente que contém a água evaporada dos oceanos sobe, provocando a circulação e convecção atmosférica. Quando o ar atinge uma altitude elevada, onde a temperatura é baixa, o vapor de água condensa-se, formando nuvens, que posteriormente provocam precipitação sobre a superfície da Terra, completando o ciclo da água. O calor latente de condensação de água aumenta a convecção, produzindo fenómenos atmosféricos, como o vento, ciclones e anti-ciclones. A luz solar absorvida pelos oceanos e as massas de terra mantém a superfície a uma temperatura média de 14 ° C. A fotossíntese das plantas verdes converte a energia solar em energia química, que produz alimentos, madeira e biomassa a partir do qual os combustíveis fósseis são derivados. 

O total de energia solar absorvida pela atmosfera terrestre, oceanos e as massas de terra é de aproximadamente 3.850.000 exajoules (EJ) por ano. 

A energia solar pode ser aproveitado em diferentes níveis em todo o mundo. Consoante a localização geográfica, quanto mais perto do equador, mais energia solar pode ser potencialmente captada. 

As áreas de deserto, onde as nuvens são baixas e estão localizadas em latitudes próximas ao equador são mais favoráveis à captação energia solar.Os desertos que se encontram relativamente perto de zonas de maior consumo em países desenvolvidos têm a sofisticação técnica necessária para a captura de energia solar realizações estão cada vez mais importante como o Deserto de Mojave (Califórnia), onde existe uma central de energia solar com uma capacidade total de 354 MW. 

De acordo com um estudo publicado em 2007 pelo Conselho Mundial da Energia, em 2100, 70% da energia consumida será de origem solar.

TIPOS DE ENERGIA SOLAR

 Os métodos de captura da energia solar classificam-se em diretos ou indiretos:

•    Direto significa que há apenas uma transformação para fazer da energia solar um tipo de energia utilizável pelo homem. Exemplos: 


 A energia solar atinge uma célula fotovoltaica criando eletricidade. (A conversão       a partir de células fotovoltaicas é classificada como direta, apesar de que a energia elétrica gerada precisará de nova conversão - em energia luminosa ou mecânica, por exemplo - para se fazer útil.)

A energia solar atinge uma superfície escura e é transformada em calor, que aquecerá uma quantidade de água, por exemplo - esse princípio é muito utilizado em aquecedores solares.

•    Indireto significa que precisará haver mais de uma transformação para que surja energia utilizável. Exemplo: Sistemas que controlam automaticamente cortinas, de acordo com a disponibilidade de luz do Sol.

Também se classificam em passivos e ativos:

•    Sistemas passivos são geralmente diretos, apesar de envolverem (algumas vezes) fluxos em convecção, que é tecnicamente uma conversão de calor em energia mecânica.

•    Sistemas ativos são sistemas que apelam ao auxílio de dispositivos elétricos, mecânicos ou químicos para aumentar a efetividade da coleta. Sistemas indiretos são quase sempre também ativos.

Vantagens

•    A energia solar não polui durante seu uso. A poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando as formas de controles existentes atualmente.

•    As centrais necessitam de manutenção mínima.

•    Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem decaindo. Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.

•    A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.

•    Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.
 
Desvantagens

•    Um painel solar consome uma quantidade enorme de energia para ser fabricado. A energia para a fabricação de um painel solar pode ser maior do que a energia gerada por ele. 

•    Os preços são muito elevados em relação aos outros meios de energia.

•    Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação atmosférica (chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.

•    Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens (Curitiba, Londres), tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.

•    As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas, por exemplo, aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), a energia hidroelétrica (água) e a biomassa (bagaço da cana ou bagaço da laranja).
 
À semelhança de outros países do mundo, em Portugal desde Abril de 2008 um particular pode produzir e vender energia elétrica à rede elétrica nacional, desde que produzida a partir de fontes renováveis. Um sistema de microprodução ocupa cerca de 30 metros quadrados e permite ao particular receber perto de 4 mil euros ano.

EVOLUÇÃO DA ENERGIA SOLAR

 A primeira geração fotovoltaica consiste numa camada única e de grande superfície p-n díodo de junção, capaz de gerar energia elétrica utilizável a partir de fontes de luz com os comprimentos de onda da luz solar. Estas células são normalmente feitas utilizando placas de silício. A primeira geração de células constituem a tecnologia dominante na sua produção comercial, representando mais de 86% do mercado.
 
A segunda geração de materiais fotovoltaicos está baseada no uso de películas finas de depósitos de semicondutores. A vantagem de utilizar estas películas é a de reduzir a quantidade de materiais necessários para as produzir, bem como de custos. Atualmente (2006), existem diferentes tecnologias e materiais semicondutores em investigação ou em produção de massa, como o silício amorfo, silício poli-cristalino ou micro-cristalino, telúrico de cádmio, copper indium selenide/sulfide. Tipicamente, as eficiências das células solares de películas são baixas quando comparadas com as de silício compacto, mas os custos de manufatura são também mais baixos, pelo que se pode atingir um preço mais reduzido por watt. Outra vantagem da reduzida massa é o menor suporte que é necessário quando se colocam os painéis nos telhados e permite arrumá-los e dispô-los em materiais flexíveis, como os têxteis.
 
A terceira geração fotovoltaica é muito diferente das duas anteriores, definida por utilizar semicondutores que dependam da junção p-n para separar partículas carregadas por fotogestão. Estes novos dispositivos incluem células fotoelectroquímicas e células de nanocristais.

ENERGIA EÓLICA

A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento.

 A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.


 CONVERSÃO EM ENERGIA ELÉTRICA

Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica.

A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessário a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aerogeradores).

Em 2009 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de aproximadamente 158 gigawatts (GW), o suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois países como o Brasil(o Brasil gastou em média 70 gigawatts em janeiro de 2010). Para se ter uma idéia da magnitude da expansão desse tipo de energia no mundo, em 2008 a capacidade mundial foi de cerca de 120 GW e, em 2008, 59 GW.

 Um aerogerador é um dispositivo que aproveita a energia eólica e a converte em energia elétrica.

A capacidade de geração de energia eólica no Brasil foi de 606 megawatts (MW) em 2009, onde houve um aumento de 77,7% em relação ao ano anterior. A capacidade instalada em 2008 era de 341 MW. O Brasil responde por cerca da metade da capacidade instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial.
Os EUA lideram o ranking dos países que mais produzem energia através de fonte eólica. O total instalada nesse país ultrapassa os 35 GW. Atrás deles vem à Alemanha, com cerca de 26 GW instaladas, e a China, com 25 GW.

Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Na Dinamarca esta representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de 8% em Portugal e na Espanha (dados de setembro de 2007). Globalmente, a energia eólica não ultrapassa o 1% do total gerado por todas as fontes.

O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de 2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.

A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. 
Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina.
Esse tipo não oferece riscos Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da turbovela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão ao de colisões das pás com objetos voadores (animais silvestres) e não interfere na áudiovisão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.





Vantagens e Desvantagens da Energia Eólica

A utilização da energia eólica comporta numerosas vantagens face às energias tradicionais e mesmo em comparação com outros tipos de energias renováveis, em função do seu maior desenvolvimento.

As principais vantagens da Energia Eólica são as seguintes:

Vantagens para a sociedade em geral

  • É inesgotável;
  • Não emite gases poluentes nem gera resíduos;
  • Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE).

Vantagens para as comunidades onde se inserem os Parques Eólicos
  • Os parque eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a agricultura e a criação de gado;
  • Criação de emprego;
  • Geração de investimento em zonas desfavorecidas;
  • Benefícios financeiros (proprietários e zonas camarárias).
 
Vantagens para o estado
  • Reduz a elevada dependência energética do exterior, nomeadamente a dependência em combustiveis fósseis;
  • Poupança devido à menor aquisição de direitos de emissão de CO2 por cumprir o protocolo de Quioto e directivas comunitárias e menores penalizações por não cumprir;
  • Possível contribuição de cota de GEE para outros sectores da actividade económica;
  • É uma das fontes mais baratas de energia podendo competir em termos de rentabilidade com as fontes de energia tradicionais.
 
Vantagens para os promotores

  • Os aerogeradores não necessitam de abastecimento de combustível e requerem escassa manutenção, uma vez que só se procede à sua revisão em cada seis meses.
  • Excelente rentabilidade do investimento. Em menos de seis meses, o aerogerador recupera a energia gasta com o seu fabrico, instalação e manutenção.

Principais Desvantagens da energia eólica

  • A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a electricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua produção no programa de exploração;
  • Pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível (H2) ou com a técnica da bombagem hidroeléctrica.
  • Provoca um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor, a instalação dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem;
  • Impacto sobre as aves do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos desconhecidos sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração;
  • Impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante (43dB(A)). As habitações mais próximas deverão estar, no mínimo a 200m de distância.

ENERGIA DOS OCEANOS

Métodos para recolher a energia das ondas

A idéia de se aproveitar a energia das ondas oceânicas já vem sendo debatida há cerca de 200 anos. Mas foi apenas com a crise do petróleo nos anos 70 que ela conquistou atenção mais significativa [fonte: CRES (em inglês)]. O conceito ressurge sempre que os preços do petróleo aumentam.

Até agora, os engenheiros desenvolveram e implementaram diversos métodos para recolher a energia das ondas. Veja a seguir uma lista dos principais tipos de conversores da energia das ondas (WECs), ou aparelhos que convertem a energia das onda em eletricidade.

Terminadores - aparelhos que capturam a energia das ondas em posição perpendicular ao seu movimento são conhecidos como terminadores. Eles incluem um componente estacionário e um componente que se move em resposta à onda. A parte "estacionária" pode estar fixa em terra ou no piso do mar. Precisa se manter imóvel, em contraste com a porção móvel. Funciona quase como o pistão nos carros - move-se para cima e para baixo, e esse movimento pressuriza ar ou óleo que acionam uma turbina.

Neste diagrama de uma COA, perceba que as únicas saídas ficam no fundo, por onde entram as ondas, e no topo, onde uma passagem estreita conectada à turbina permite a passagem do ar para dentro ou para fora. Quando as ondas forçam o ar, ele percorre a passagem da turbina
A Coluna Oscilatória de Água (COA), exibida na imagem acima, é um terminador. As COAs têm duas aberturas - uma no fundo, que permite que a água entre na coluna, e uma estreita, no topo, que permite que o ar entre e saia. Quando as ondas enchem a coluna de água, isso pressuriza o ar no interior e o força a passar pela abertura superior. O ar encontra a turbina e a movimenta. Depois, quando as ondas recuam, a água corre para fora, e isso suga o ar de volta pelo topo, acionando a turbina de novo. 
Outro terminador, um dispositivo de alagamento, inclui uma parede que recolhe a água das ondas em um reservatório. A água pode escapar por uma abertura mas, ao passar, aciona uma turbina. O tipo mais famoso de terminador é conhecido como Salter's Duck e inclui uma cabeça flutuante, em formato de lágrima, que aciona a turbina. Ainda que não tenha sido construído na prática, esse aparelho seria teoricamente o WEC mais eficiente. 
 

Neste diagrama, você vê como funciona um dispositivo que opera por alagamento. Depois que a onda passa sobre a muralha e enche o reservatório, a água se esgota por uma saída na qual aciona uma turbina.


Atenuador  - esses aparelhos têm orientação paralela à do movimento da onda. Um dos mais conhecidos exemplos é o do Pelamis, uma série de longos aparelhos cilíndricos flutuantes conectados uns aos outros por dobradiças e ancorados ao leito do mar. As partes cilíndricas acionam aríetes hidráulicos nas seções conectadas, que acionam um gerador elétrico. O aparelho envia a eletricidade ao piso do mar por um cabo e de lá ela percorre outro cabo que a conecta à terra. 


Uma concepção artística mostra uma fazenda de aparelhos Pelamis. Como atenuadores, eles seguem a mesma orientação das ondas. 

Absorvedor pontual - esses aparelhos não ficam posicionados de forma específica em relação ao movimento das ondas, mas, em vez disso, podem "absorver" a energia das ondas que venham de qualquer direção. Um desses aparelhos é o Aquabuoy, desenvolvido pela Finavera. Em um tubo vertical sob a água, as ondas passam e acionam um pistão, um disco flutuante conectado a bombas e mangueiras. O movimento pressuriza a água no interior do tubo e movimenta uma turbina conectada a um gerador elétrico [fonte: Finavera (em inglês)]. Muitos Aquabuoys podem enviar eletricidade a um ponto central. Desse ponto, a eletricidade é transmitida ao piso do mar e  de lá à terra por um cabo. 


Finavera Renewables
O AquaBuoy usa as ondas para acionar um pistão em forma de disco, no interior de um tubo, para pressuizar a água do mar. As bombas e mangueiras conectadas ao tubo levam a água pressurizada a acionar um gerador.

 
Diversos WECs operando em conjunto, como estruturas Pelamis ou Aquabuoy combinadas, formam uma fazenda de ondas.